19 maio, 2011

A insustentável leveza do ser

Já é de conhecimento das pessoas mais próximas a mim, que quando eu quero paz, sossego, e seus derivados, eu me refugie em um determinado local. Mas, esse local fica longe, e como ultimamente estou sem carro tive a sorte de encontrar um local bem mais próximo, no qual eu possa parar, descer do mundo um cado, deixa-lo girando por algumas horas sem a minha interferência.

Como ontem foi uma noite fria, haviam pouquíssimas pessoas lá... peguei a principio, uma cerveja, mas não combinou... por mais que eu goste de cerveja, ela não combina com locais frios, mas para não desagrada-la, tive de toma-la ( rimou...). troquei-a por um Martine, e assim entramos na noite...

Houve um certo momento, aquele momento em que você espreguiça com vontade... em que me fixei numa estrela, putz, me disseram que não, mas eu tenho uma quase certeza que tenho DDA só pode.. fiquei ali, olhando-a, pequenininha, quase que me sentindo na estratosfera. Só eu e a estrela.

Daí começaram os pensamentos lógicos-físicos da existência da mesma ( velocidade da luz, tempo-espaço, E=mc² ....), ou da não existência mais da mesma Parmênidesisticamente falando. Isso me fez refletir sobre outras coisas ( distancias, existências, inícios, meios e fins...).

E, juntando toda essa ladainha dita acima, mais Parmênides o que temos ? Kundera. Que aos meus 13 anos de idade chamava-o esculhambadamente de ‘Quemdera’ ou ‘Thundera’.

Tendo Kundera, o quem mais vem junto? A Insustentável Leveza do Ser ( O livro, que depois assisti o filme ), que deu o título a este post. Historia legal. Para quem não a conhece, ela se passa na antiga Tchecoslováquia ( corrigida com a ajuda do Word, thanks Bill..), ainda não invasão russa. ( véio né ? ). Não vou narrar o filme, mas é bem legalzim, axo que pode-se encontra-lo ainda nas googladas da vida.

Continuando, o que isso tem a ver comigo ? Quase nada ou então quase tudo.

De início, as coisas em comum que eu tenho com o personagem principal; jovem, bonito e atraente...( há pegadinha do malandro!!!). Na verdade é apenas a forma como levamos a vida, deixando fluir, mantendo a rotina, não nos esforçando para mudar isso.

Fora isso, já saindo da questão da obra e entrando na questão filosófica usada por Kundera ( quase escrevo Thundera de novo ) e, escrevendo agora, percebi a similaridade com a obra, as constantes “saídas” que eu dou nos textos que eu escrevo, para justificar ou auto-depreciar ou simplesmente comentar. Ele usa essas saídas também.

Por fim, chego na perspectiva existencial junto com as dualidades ontológicas do ser ( principalmente do meu ser.. rsrs ); minha liberdade ‘descompromissada’ , um não interesse por comprometimento em determinadas situações ( gente nesse post eu sou um mix de Parmênides, Einsten, Jean-Paul Sartre e Nietzsche.. rsrs ). Com isso eu não consigo me firmar a uma razão qualquer de ser, ou ‘construir’ algo, existencialisticamente falando. Parece que me falta algo, ou alguém, sei lá...de repente aquela peça do quebra cabeças que sumiu...

Mas aí, vem as dualidades novamente... o frio não existe, é apenas a ausência do calor, é na verdade o não calor. A escuridão também não existe, é apenas a ausência da luz, é a não luz, sacaram onde quero chegar? Não ????? Bão pra finalizar eu não me desinteresso por situações , eu apenas ‘Não interesso’, deixo passar. Pois para se desinteressar você precisa primeiro se interessar. ( há! ).

Ah, e quem sabe algum dia alguma situação me fará interessar? Aí sim poderão falar depois pelo meu desinteresse... rsrsrs

02 maio, 2011

Apenas deixe ser ...


Todos nós, nisso me incluo, temos a tendência de procurar explicação pra tudo.
Eu respiro, tenho um sol sob minha cabeça, dias, noites, então; Deus existe?
Eram os deuses egípcios astronautas? E os gigantescos desenhos gravados no solo do deserto do Pampa no Peru?
Sabemos do porque do céu ser azul, mas ainda tentamos encontrar uma explicação para entender os motivos para o que faz com que isso aconteça?
E os recentes Tsunamis? Efeito borboleta!?

Apesar da eterna busca por explicações ( por que simplesmente não conseguimos deixar as coisas serem por si só. ), estamos também todos à procura de um sentido.
Se devemos olhar para o céu ou apenas ao nosso redor.
Em outras vezes, tudo se torna simplesmente insuportável.
Fazemos todo tipo de perguntas existencialistas, obtendo apenas ecos de nossas próprias razões.
Com isso, tudo se resume a uma coisa: Deixar as coisas serem ou não.
Assim como aprendi a dizer “NÃO!” agora estou aprendo também a “DEIXAR AS COISAS SEREM”.
Isso está me trazendo uma grande sensação de paz, embora eu não tenha assimilado bem como viver assim ainda.
É uma atitude que eu estava procurando ter, sem ter qualquer conhecimento de causa. O que mais me aflige é: Como fazer para que deixar as coisas serem como se deve ser ? Sinceramente, eu não sei dizer.
E, nem se , ao agir assim, seria apenas usando o conteúdo do meu coração ( Você tem sangue no seu coração, diria Bones. ). Se será pela minha própria verdade, aquela que não pode ser contestada por ninguém além de mim.
Ou será baseado em experiências alheias ou de minha vida.
Mas vamos lá.....
Nascemos, vivemos, e, finalmente, morremos.
É o mesmo para todos, para todos os seres vivos: o ciclo de vida.
O que somos? - um ciclo (ahá!!!rsrs).
Qual é o motivo? - Não faço idéia.
Bem, de qualquer maneira ...
Tudo se resume a uma escolha: deixar ser ou não.
Para cada um de nós, existem coisas boas e ruins nas quais podermos passar. Nós temos tanto medo de esquecer quem somos, ao deixarmos as coisas acontecerem como se deve ser.Acho tudo isso uma auto-sabotagem da nossa felicidade.
E, no entanto, somos todos iguais, em pé sobre o velho planeta azul ... mesmo pensando que o mundo é quem nos faz incapaz de ser feliz.,
Nós só precisamos deixar de querer entender tudo isso, arrumar explicações para tudo, e quem sabe, deixar as coisas acontecerem ....

01 maio, 2011

Stay on these roads

Trecho de música que amanheceu na minha cabeça hoje;

"Stay on these roads, we shall meet, I know.
Stay on...my love,we shall meet, I know."




28 abril, 2011

Estou redescobrindo minha capacidade de dizer NÃO.

Estou redescobrindo minha capacidade de dizer NÃO.

Não é como se eu nunca tivesse dito isso antes.
E se você perguntar a algumas pessoas que convivem comigo, eles dirão quedigo não para tudo, quando na verdade, é apenas para eles não passarem de todo os meus limites.

Minha mais recente conquista: Dizer NÃO; para não ter o meu tempo perdido , para coisas sem sentidos, para atitudes sem lógicas...
Mas outro dia andando pela rua uma pessoa da tal "pesquisa de opinião pública" me parou e disse "Posso lhe tomar um tempinho para fazer umas perguntas ?" Eu o olhei nos olhos e 'Housisticamente' disse NÃO.
E, caramba, não é que me senti bem!

*Housisticamente = Estilo Dr. house de negar as coisas... rsrsrs

##### Algo para dar o pontapé inicial #####

Esta é apenas mais uma história sobre quatro pessoas chamadas Todo mundo, Alguém, Qualquer um e Ninguém. Havia um importante trabalho a ser feito e Todo mundo foi convidado a fazê-lo. Todo mundo tinha certeza de que Alguém o faria. Qualquer um poderia tê-lo feito, mas Ninguém o fez.

Alguém ficou zangado sobre isso, porque era tarefa de todos. Todo mundo pensou que Qualquer Um poderia fazê-lo, mas Ninguém percebeu que Todo mundo não faria isso. Acabou que todo mundo culpou Alguém quando Ninguém fez o que Qualquer um poderia ter feito.

Aproveitando a deixa... Minha secretária não sabe quem foi MacGyver. É mole ????
Olha a cara de assustado dele....